O bullying é uma realidade. É importante que acompanhem e observem bem o comportamento dos seus filhos de forma a saber se o seu filho sofre de bullying na escola.
O bullying não é uma brincadeira. As crianças e jovens vítimas deste tipo de violência sofrem muito e muitas vezes não sabem a quem recorrer ou têm vergonha de pedir ajuda. É importante que os pais acompanhem e observem bem alterações do comportamento de forma a saber se o seu filho sofre de bullying na escola. É uma prática muito comum e milhares de crianças e jovens passam por esta situação. Infelizmente, existem alguns casos que levam ao suicídio da vítima.
O QUE É O BULLYING?
O bullying consiste em atitudes violentas e intencionais, que decorrem no ambiente escolar. Estas agressões podem ser verbais e/ou físicas e podem provocar transtorno, sofrimento e danos à vítima. Os agressores, ou bullies, atuam individualmente ou em grupo e têm comportamentos violentos e agressivos com o objetivo de maltratar, gozar e humilhar alguém que é visto como inferior.
Existem 7 tipos de bullying.
1. Físico
Este tipo de bullying baseia-se em agressões físicas como bater, empurrar, beliscar, entre outros.
2. Verbal
Baseia-se em apelidos insultuosos, insultos, gozar com características específicas da vítima, etc.
3. Material
Partir ou estragar objetos pessoais da vítima.
4. Moral
Consiste em espalhar rumores, difamar, inventar fatos sobre a vítima de forma a afetá-la. 5. Psicológico
Ridicularizar, ameaçar, discriminar, manipular, isolar, ignorar, intimidar, aterrorizar, dominar, entre outros.
6. Sexual
Engloba toda o tipo de abuso ou assédio.
7. Virtual
Também conhecido como cyberbullying, consiste em divulgar imagens, criar grupos, invadir a privacidade, através das redes sociais, e-mail, SMS e chamadas de vídeo ou voz.
Se observar alterações no comportamento normal do seu filho pode significar que ele está a ser vítima de bullying. Esteja atento aos mínimos sinais para conseguir ajudar o seu filho atempadamente. Atuando precocemente é possível evitar muito sofrimento e traumas que podem afetá-lo para o resto da vida.
Sinais a procurar:
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Depressão;
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Angústia;
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Baixa autoestima;
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Ansiedade;
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Pesadelos frequentes;
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Insónia;
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Diminuição do rendimento escolar;
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Abandono escolar;
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Medo de ir para a escola;
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Desinteresse escolar;
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Isolamento social;
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Irritabilidade;
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Vontade de mudar ou turma ou escola;
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Dificuldades na concentração;
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Dores de cabeça;
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Dores de estômago;
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Voltar da escola com roupa e material danificado;
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Voltar da escola com danos físicos;
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Pensamentos suicídas.
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Medo de parecer medrosos ou covardes;
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Medo de decepcionar os pais;
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Sentimento de culpa;
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Vergonha de não conseguir resolver o problema sozinho.
Se desconfiar que o seu filho sofre de bullying, existem algumas coisas que pode fazer para o poder ajudar:
- Incentive-o a partilhar os seus problemas: especialmente se identificar mudanças no comportamento do seu filho, como por exemplo, não quer ir para a escola ou queixa-se de dor de cabeça ou de barriga constantemente…;
- Ouça atentamente o que ele tem para dizer: não critique e não julgue o que o seu filho tem para dizer. Deve incentivar que ele fale sobre as situações que o preocupam, elogiando essa partilha;
- Averigue da veracidade da situação: tente perceber junto da escola ou amigos do seu filho se a situação é real. Faça-o discretamente.
- do relato, discretamente.
- Faça um diário dos acontecimentos: escreva tudo o que o seu filho relatar;
- Comunique com a escola: converse com os professores, diretor de turma oudireção da escola e dê a conhecer a situação para serem encontradas soluções emconjunto;
- Faça reuniões regularmente com o responsável escolar: marque reuniões como interlocutor escolar para identificar o ponto de situação;
- Aconselhe o seu filho a tentar evitar o agressor: mostre-lhe que o melhor éevitar o agressor, especialmente se estiver sozinho. Incentive-o a procurar ajudados funcionários da escola (professores ou assistentes operacionais);
- Incentive-o a ‘treinar’ como agir na próxima situação: treinem o que ele devedizer para afastar o agressor. Reforce que ele deve enfrentar o agressor mas nãodeve usar da agressividade;
- Acompanhe a situação diariamente: converse com o seu filho diariamente paraperceber a evolução do problema. Converse calmamente e de forma ponderada, respeitando sempre o tempo e a vontade do seu filho.